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INÉS YBARRA, DIRETORA CRIATIVA E FUNDADORA DA SUA EMPRESA DE DESIGN DE INTERIORES CASAHARI, TEM MAIS DE 17 ANOS DE EXPERIÊNCIA EM DESIGN, DESDE MODA E FOTOGRAFIA ATÉ MOBILIÁRIO. NASCIDA EM MADRI, SUA CARREIRA É DEFINIDA PELA COMBINAÇÃO DE CRIATIVIDADE, ESTÉTICA E FUNCIONALIDADE, COM UMA FILOSOFIA CLARA: ‘MENOS É MAIS’.
Quando você soube que o design de interiores seria sua trajetória profissional?
Eu sempre comprava livros de arquitetura ou sobre designers de móveis – nunca de design de interiores. Só este ano comecei a ter alguns na minha coleção.
Sempre adorei o mundo do design de móveis e da arquitetura, mas, por não ter escolhido isso academicamente, tinha medo de me aprofundar. Acho que tinha síndrome da impostora. Foi me lançar e trabalhar lado a lado com os artesãos que, aos poucos, me deu confiança.
Casa Hari, como nasce este projeto e qual foi a inspiração?
Fui visitar uma amiga italiana após o falecimento de seu pai, um arquiteto discípulo de Walter Gropius. Enquanto olhávamos referências de arquitetos da época dele e contemporâneos, descobrimos o Estádio Nacional de Yoyogi, projetado por Kenzo Tange.
Ao ver uma vista aérea do estádio, comecei a desenhar no iPad — e assim surgiu a mesa laqueada Yoyogi. A partir daí, desenvolvi a identidade visual da empresa.
“A peça protagonista da minha casa é a mesa Yoyogi em grená: foi o primeiro móvel que desenhei!”
Qual é o seu espaço favorito em casa ou seu refúgio pessoal — e por quê?
A sala. Acho que colocar a mesa redonda perto dos sofás foi uma ótima ideia. Agora, as crianças fazem o dever de casa enquanto nós relaxamos nos sofás. Isso aumentou nosso tempo em família. E um dia até jantamos ali, em vez de na sala de jantar — foi super agradável!
Quais tendências de design te inspiram atualmente e como as aplica em sua casa?
Ultimamente penso muito em calcário e em paredes caiadas com cal. Acredito que, indiretamente, isso se deve à influência de interioristas belgas. Mas, na hora de aplicar, me inclino por uma interpretação suavizada do estilo românico.
“Há 12 anos, eu ia a vários museus em Madri e me intrometia nos quadros, me interpretando pela roupa.”
Há algum lugar inesperado que te tenha inspirado profundamente no seu trabalho?
Egito. Fui durante os confinamentos da COVID e tive o privilégio de estar num país sem turistas. Me apaixonei tanto por sua cultura, arquitetura, mitologia e gente que tenho medo de voltar e encontrá-lo lotado.
Em que tipos de projetos ou linhas criativas você deseja explorar no futuro?
"Agora estou com minha nova casa, à qual espero ir acrescentando detalhes aos poucos. A reforma não mexe na estrutura, por isso estamos fazendo diretamente com os pedreiros — sem escritório de arquitetura, construtora ou designer de interiores — o que nos deixa 100% envolvidos.
Continuo criando móveis, peças de moda e, se eu gostar de fazer nossa casa, talvez aos poucos eu me aventure no mundo do interiorismo."
Por que você escolhe The Masie?
Porque acredito que seus móveis são divertidos e dinâmicos. Não optaram pelo básico e neutro que já vimos um milhão de vezes.
O que as peças de The Masie despertam em você?
Cada peça busca trazer algo diferente e tem sua própria personalidade. Da coleção The Masie, adoro a luminária de cerâmica e a mesa de madeira com pés em bolinhas — ambas me parecem super artesanais e refinadas.
“Se eu pudesse escolher uma obra de arte para ter em casa, seria O Jardim das Delícias de Bosch; e em termos de mobiliário, alguma peça laqueada de Pierre Cardin.”
3 dicas de Inés Ybarra para conseguir harmonia em um lar?
1. Casas decoradas de uma vez tendem a ser frias.
2. Acomode o que você já tem. Vá tirando o que não funciona sem medo nem piedade.
3. Ande pelo espaço e pense no que ele pede ali, no local. Essa decisão será o que dará harmonia e aconchego ao ambiente.
Peça favorita da The Masie
Mesa de centro redonda de madeira de manga. É muito mais bonita na vida real — super usável em qualquer lugar e com um toque de design.
Uma cor
Vermelho.
Estilo favorito
Gosto de combinar e misturar o antigo com o moderno. Não me caso com nenhum estilo em particular — tudo depende do lugar e do propósito.
Campo ou cidade
Cidade.
Referências — Seu ícone no interiorismo é…?
Prefiro arquitetura a interiorismo. Gosto mais de espaços do que de decoração. A arquitetura são os alicerces, o que torna um espaço realmente memorável. Pode perfeitamente, se for interessante, prescindir do interiorismo.